As cidades inteligentes ganharam um espaço de destaque e a curiosidade da sociedade nos últimos tempos, são conhecidas também como “Smart cities” e visam melhorar e otimizar a gestão pública e a infraestrutura urbana, contribuindo para que a população tenha mais qualidade de vida.
Por meio de novas tecnologias e inovações, os sistemas e a estrutura das cidades passariam a ser mais inteligentes, sustentáveis, viáveis e a vida seria mais leve – sem tantas burocracias e stress.
Abordando um pouco das dificuldades existentes nas cidades e que esperam por mudanças, podemos citar a mobilidade urbana, por exemplo, que é um dos principais problemas que enfrentamos atualmente; são poucos os espaços com acessibilidade e muitas ruas, avenidas não possuem manutenção e apresentam buracos, desníveis, entre outros obstáculos. Os transportes estão sobrecarregados e o acesso a eles também são difíceis, principalmente para os moradores de regiões mais afastadas dos centros.
A proposta das “Smart Cities” é extremamente interessante para transformar essa realidade, já que visa a organização das cidades para que sejam mais inclusivas, sustentáveis e viáveis. É pensar e construir o futuro para as próximas gerações.
Mas para que tudo isso aconteça, o que é preciso fazer?
É necessário começar com um bom planejamento urbano, por meio da análise do contexto é que se consegue aplicar as estratégias pertinentes a cada situação. Projetar como será a iluminação, o transporte, as vias de acesso, quais serão as ações sociais e sustentáveis a serem realizadas, como será o descarte, a coleta e a reciclagem do lixo, como chegarão as informações de conscientização à população, quais medidas de acessibilidade podem ser tomadas, entre tantas outras questões importantes para ser discutidas.
Existem dois tipos de Smart Cities?
Sim, existem as cidades que já nasceram de projetos inovadores e as que precisam ser adaptadas.
Vejamos um exemplo em outro país onde já foi adotado essas inovações:
Fujisawa, Japão
Localizada a cerca de 50 km da capital de Tóquio, a cidade funciona de forma inteligente, foi inaugurada em 2014 pela Panasonic, um projeto que envolveu mais 7 empresas japonesas e uma norte-americana. Ela faz uso de tecnologias limpas e ajuda a diminuir os impactos que os grandes centros urbanos causam no meio ambiente. Possui serviços como compartilhamento de carros, as bicicletas são elétricas e as casas são abastecidas por energia solar, por exemplo.
Além disso, toda a iluminação das ruas é feita com lâmpadas de baixo consumo, que possuem detecção de presença. Quando os sensores detectam a presença de uma pessoa, a iluminação LED é intensificada, funcionando em sintonia com o circuito de câmeras da localidade, o que garante mais segurança.
Se precisar alugar um carro elétrico ou uma bicicleta de emergência, o morador pode fazer a sua reserva através da televisão, no conforto de sua casa, e deixar agendado o horário para utilizá-lo. É o sistema de compartimento de veículos.
Outra curiosidade é que em algumas ruas só podem circular veículos de transportes e outras apenas pedestres, isso facilita a segurança, por exemplo, de crianças que podem brincar com os amigos. E tem as ruas pintadas de verde, que foram pensadas para quem deseja praticar caminhadas e corridas ao ar livre.
Falando em sustentabilidade, as soluções tecnológicas e a arquitetura da cidade buscam reduzir em 70% a emissão de CO2, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global. Além de economizar em 30% o consumo de água.
Ela é um exemplo de cidade que nasceu para ser uma inovação e inspirar outros países.
Os benefícios de uma cidade inteligente são muitos, existem também outras iniciativas em países distintos que aplicaram com sucesso essas ações, proporcionando aos cidadãos uma vida completamente nova e interessante.
Estes exemplos só mostram como é possível transformar a realidade e melhorar a vida das pessoas, que cada vez mais assuntos como este se tornem mais constante e atuais.